terça-feira, 13 de abril de 2010

Sons e Microfones - Parte 2.2

Microfone de Fita



























O microfone de fita funciona com o mesmo princípio elétrico do mic dinâmico, exceto por uma fina fita condutora que cumpre o papel do diafragma e da bobina. Isso é eletricamente equivalente a um microfone dinâmico com uma única volta na bobina, com apenas uma pequena voltagem através da fita, em resposta ao som.

Um microfone de fita bem concebido pode ter uma resposta de frequência crescente a 20KHz e essa resposta pode ser feita bastante "flat". A natureza dupla da construção da fita produz um microfone de gradiente de pressão com polaridade figura-oito de captação, apesar de alguns desenhos modificados serem de características mais direcionais.
Polaridade "Figura-oito":

Pode-se argumentar que o microfone de fita, por não ser mais sensível que a bobina móvel, e por ter resposta de frequência comparável ao mic dinâmico, não oferece vantagem real em relação ao designs dinâmicos convencionais, e até recentemente, os microfones de fita tiveram a grande desvantagem de serem fisicamente muito frágeis. Mas a tecnologia progrediu e os mics de fita modernos são relativamente resistentes, e inovações como a fita impressa, na qual um filme metálico é depositado numa membrana plástica leve, dá à fita maior confiabilidade e uma resposta de frequência mais extensa.

Mics de fita ainda são populares para usos em gravações clássicas porque têm um som "subjetivamente" mais suave que vários microfones dinâmicos ou condensadores, e são usados com frequência para se gravar seções de cordas.

Fonte: White, Paul. Creative Recording 2 - Microphones, Acoustics, Soundproofing And Monitoring. Edição 2003.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Sons e Microfones - Parte 2.1



Microfone Dinâmico

Os microfones dinâmicos possuem um diafragma circular leve, geralmente feito de um filme plástico fino, que é ligado a uma bobina de fio metálico, movendo-se entre os pólos sul e norte do campo magnético gerado.

São relativamente baratos de se fabricar e bastante robustos, razão pela qual são utilizados tanto ao vivo quanto em estúdio. Também podem suportar níveis de pressão sonora extremamente altas e não precisam de fonte de alimentação (phantom power) para funcionar, pois não possuem circuito elétrico dentro.

Algumas desvantagens dos mics dinâmicos: o movimento do diafragma é restrito em certa medida, pela massa da bobina ligada a ele. Quanto mais rápido o diafragma tenta se mover, mais a inércia da bobina o impede. O resultado é a perda de eficiência de captação das frequências altas. Na prática, um microfone dinâmico convencional pode ser feito para trabalhar eficientemente até 16KHz. Acima disso, a eficiência tende a cair significativamente.

Gráfico de Resposta em dB X Frequência em Hz (Shure SM 57):


Outra grande desvantagem dos mics dinâmicos é que eles produzem um sinal de saída relativamente baixo, precisando de bastante amplificação para que o sinal se torne utilizável. Isso não é problema quando os sons que estão sendo captados são moderadamente altos e próximos ao microfone, mas sons distantes ou suaves frequentemente necessitam de tanta amplificação, que os resultados são barulhos inaceitáveis.

Por essa razão, o mic dinâmico é pouco utilizado para se gravar instrumentos acústicos como violão, por exemplo, porque é difícil colocar o microfone próximo o suficiente para se captar uma quantidade razoável de som sem comprometer o timbre do instrumento.

Os mics dinâmicos geralmente são disponíveis nas versões omnidirecional e cardióide; mics cardióides se subdividem em padrão aberto, cardióide normal e hipercardióides, no qual este último é o mais direcional dos três.

Fonte: White, Paul. Creative Recording 2 - Microphones, Acoustics, Soundproofing And Monitoring. Edição 2003.