segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

terça-feira, 13 de abril de 2010

Sons e Microfones - Parte 2.2

Microfone de Fita



























O microfone de fita funciona com o mesmo princípio elétrico do mic dinâmico, exceto por uma fina fita condutora que cumpre o papel do diafragma e da bobina. Isso é eletricamente equivalente a um microfone dinâmico com uma única volta na bobina, com apenas uma pequena voltagem através da fita, em resposta ao som.

Um microfone de fita bem concebido pode ter uma resposta de frequência crescente a 20KHz e essa resposta pode ser feita bastante "flat". A natureza dupla da construção da fita produz um microfone de gradiente de pressão com polaridade figura-oito de captação, apesar de alguns desenhos modificados serem de características mais direcionais.
Polaridade "Figura-oito":

Pode-se argumentar que o microfone de fita, por não ser mais sensível que a bobina móvel, e por ter resposta de frequência comparável ao mic dinâmico, não oferece vantagem real em relação ao designs dinâmicos convencionais, e até recentemente, os microfones de fita tiveram a grande desvantagem de serem fisicamente muito frágeis. Mas a tecnologia progrediu e os mics de fita modernos são relativamente resistentes, e inovações como a fita impressa, na qual um filme metálico é depositado numa membrana plástica leve, dá à fita maior confiabilidade e uma resposta de frequência mais extensa.

Mics de fita ainda são populares para usos em gravações clássicas porque têm um som "subjetivamente" mais suave que vários microfones dinâmicos ou condensadores, e são usados com frequência para se gravar seções de cordas.

Fonte: White, Paul. Creative Recording 2 - Microphones, Acoustics, Soundproofing And Monitoring. Edição 2003.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Sons e Microfones - Parte 2.1



Microfone Dinâmico

Os microfones dinâmicos possuem um diafragma circular leve, geralmente feito de um filme plástico fino, que é ligado a uma bobina de fio metálico, movendo-se entre os pólos sul e norte do campo magnético gerado.

São relativamente baratos de se fabricar e bastante robustos, razão pela qual são utilizados tanto ao vivo quanto em estúdio. Também podem suportar níveis de pressão sonora extremamente altas e não precisam de fonte de alimentação (phantom power) para funcionar, pois não possuem circuito elétrico dentro.

Algumas desvantagens dos mics dinâmicos: o movimento do diafragma é restrito em certa medida, pela massa da bobina ligada a ele. Quanto mais rápido o diafragma tenta se mover, mais a inércia da bobina o impede. O resultado é a perda de eficiência de captação das frequências altas. Na prática, um microfone dinâmico convencional pode ser feito para trabalhar eficientemente até 16KHz. Acima disso, a eficiência tende a cair significativamente.

Gráfico de Resposta em dB X Frequência em Hz (Shure SM 57):


Outra grande desvantagem dos mics dinâmicos é que eles produzem um sinal de saída relativamente baixo, precisando de bastante amplificação para que o sinal se torne utilizável. Isso não é problema quando os sons que estão sendo captados são moderadamente altos e próximos ao microfone, mas sons distantes ou suaves frequentemente necessitam de tanta amplificação, que os resultados são barulhos inaceitáveis.

Por essa razão, o mic dinâmico é pouco utilizado para se gravar instrumentos acústicos como violão, por exemplo, porque é difícil colocar o microfone próximo o suficiente para se captar uma quantidade razoável de som sem comprometer o timbre do instrumento.

Os mics dinâmicos geralmente são disponíveis nas versões omnidirecional e cardióide; mics cardióides se subdividem em padrão aberto, cardióide normal e hipercardióides, no qual este último é o mais direcional dos três.

Fonte: White, Paul. Creative Recording 2 - Microphones, Acoustics, Soundproofing And Monitoring. Edição 2003.

domingo, 28 de março de 2010

Sons e Microfones - Parte 1












Neumann U87 Ai
                                                                   










Neumann KMR 82 i










Seinheiser MD 441-U










Seinheiser e 602-I

Para se fazer a captação de um instrumento acústico (violão, amplificador de guitarra, bateria etc.), é muito importante saber qual o tipo de microfone adequado para cada situação.

O som é criado quando um objeto vibrante - como o corpo de um violão ou a pele de uma bateria - faz com que o ar ao seu redor vibre dentro da faixa de frequência da audição humana. Quando essa oscilação alcança nossos ouvidos, causa a vibração dos tímpanos e nosso cérebro percebe isso como som.

O ouvido humano tem limitações, podendo detectar na melhor das hipóteses, vibrações do ar na faixa de 20Hz a 20KHz (vinte vibrações a vinte mil por segundo), apesar de haver uma variação de indivíduo para indivíduo. O limite superior de audição deteriora com a idade, e como regra prática, perdemos por volta de 1KHz para cada década de nossas vidas (a taxa de perda em Hz pode variar de pessoa para pessoa).

Qualquer dispositivo concebido para converter alguma forma de energia física em energia elétrica (ou vice-versa) é conhecido como transdutor. Os microfones são transdutores que convertem movimento em eletricidade. Não há uma forma prática de converter a vibração do ar diretamente em eletricidade, então todos os microfones comercialmente disponíveis fazem uso de alguma forma de diafragma leve. Com a vibração do ar, a pressão aérea na proximidade do diafragma do microfone flutua, causando um movimento do diafragma para trás e para frente sobre uma pequena distância, acompanhando de perto as vibrações do som original. Para transformar esse pequeno movimento em um sinal elétrico, é necessário haver algum sistema para se medir o movimento do diafragma. O que esse sistema é exatamente, varia dependendo do tipo de microfone. O resultado é um sinal elétrico que sobe e desce na voltagem, para "espelhar" a subida e a descida da pressão do ar causada pelo som original.

Direcionalidade

Nem todos os microfones captam o som da mesma maneira, e cada tipo que escolhemos depende da tarefa em questão. Alguns captam som de forma igualmente eficiente, independente da direção que o som está vindo. Em outras palavras, você não tem que apontar o microfone diretamente na fonte sonora porque ele pode "ouvir" igualmente em todas as direções.

Outros microfones são concebidos para responder, principalmente, a sons que vêm de uma única direção, enquanto outros podem captar o som por trás e pela frente, mas não pelos lados. Essas características direcionais básicas são conhecidas como omnidirecional (todas as direções), cardióide (formato de coração - unidirecional) e figura oito (capta o som que chega por trás e pela frente, mas não o que chega pelos lados).


Omnidirecional:
Capta o som igualmente, de todas as direções. Usado principalmente para gravação ou para captação de fontes sonoras múltiplas, ao mesmo tempo.





Cardióide:
Capta o som que chega principalmente pela frente do microfone. Possui o mínimo de sensibilidade ao som de trás, sendo uma ótima opção para performances ao vivo.





Figura oito:
Esse padrão capta o som que vem por trás e pela frente da cápsula, mas não o que chega pelos lados. Note que a cápsula é montada lateralmente, de forma que o lado do microfone, e não a extremidade, deve estar mirada para a fonte sonora.



Hipercardióide:
Algumas vezes chamado de supercardióide, esse é um padrão mais estreitado que o cardióide e é mais sensível a sons que chegam por trás do microfone. Cuidados devem ser tomados para se colocar os monitores na área de "zona morta" desse tipo de mic.



Fonte: White, Paul. Creative Recording 2 - Microphones, Acoustics, Soundproofing And Monitoring. Edição 2003.

domingo, 21 de março de 2010

TUTORIAL PRO TOOLS

Para quem está começando a trabalhar com o Pro Tools, aqui vai o link de uma série de tutoriais em formato de vídeos: http://www.recordready.com/?p=5

Tópicos dos vídeos:

. The Pro Tools Interface
. The Session File
. Creating and Working With Tracks
. Importing Audio
. Recording Audio
. Editing Audio
. Routing with Sends & Busses
. Automation
. Bouncing to Disk

Bom proveito!

quarta-feira, 17 de março de 2010

De MONO para ESTÉREO...

 Da esquerda p/ a direita: adaptador P2/P10 mono, adaptador P2/P10 estéreo, cabo de fone P2 estéreo.   

De Mono para Estéreo...
 
    Para alguns pode até parecer besteira, mas para quem não tem experiência e está começando a montar seu home studio, descuidos simples podem se tornar probleminhas bem chatos.

    Resolvi investir em um sistema Pro Tools LE, com placa de áudio 003 Rack. A interface veio com a versão 8 do PT, com direito ao download gratuito da versão 8.0.3. Como monitoração, utilizo um fone AKG emprestado de um amigo.

    Após a instalação do software, abri uma sessão de teste para começar a me familiarizar com a DAW (Digital Audio Workstation). Na hora de ouvir o playback, só conseguia ouvir mono, nada de estéreo. Só o lado esquerdo (L) funcionava. Resolvi checar a configuração de Ins e Outs (I/O Setup) para ver se as saídas estavam configuradas corretamente. O Pro Tools já vem com as entradas e saídas configuradas para uso (Stereo Mix). Estava tudo normal.

    Depois de garimpar alguns fóruns, descobri que o problema era mais simples e lógico do que imaginava. O fone, por ser de plug P2 e a entrada da placa P10, precisa de um adaptador P2/P10. O adaptador que estava usando era MONO, sendo que o fone e a entrada da placa são ESTÉREOS!! Quando pluguei um adaptador estéreo no fone, tudo se resolveu: L e R funcionando perfeitamente.

    Antes de se desesperar como eu, achando que sua placa de áudio comprada com tanto suor e trabalho veio com problema, verifique se seu fone está com um adaptador ESTÉREO!! 

    Boas gravações!